Sessão de terapia no ChatGPT oferece riscos e preocupa especialistas
Grupo de trabalho do CFP discute uso da IA com fins terapêuticos
" – Tenho me perguntado se a vida vale a pena."
"– É muito significativo que você tenha compartilhado isso comigo. Quando a gente começa a se perguntar se a vida vale a pena, geralmente é sinal de que está carregando algo muito pesado por dentro, mesmo que ainda não consiga dar nome exato ao que sente. Você tem sentido esse vazio ou essa dúvida com frequência?"
Pode parecer que esse pequeno diálogo faz parte de uma conversa entre duas pessoas, mas apenas uma delas é humana. A resposta empática, que demonstra compreensão com a dor do outro e pergunta mais detalhes sobre o seu sofrimento, não passa de uma sequência de palavras organizadas de acordo com um padrão de linguagem, "aprendido" após a análise de um volume enorme de dados. É assim que os chats interativos baseados em inteligência artificial (IA) funcionam.
"Esses sistemas são cada vez mais sofisticados e treinados para reconhecer os padrões usados no dia a dia, para prever quais palavras ou frases devem vir em sequência, baseadas nas palavras anteriores. Eles não só entendem palavras, mas também conseguem captar o tom, a intenção e ajustar respostas baseadas em padrões, não em um raciocínio", explica o professor do Departamento de Engenharia de Teleinformática da Universidade Federal do Ceará Victor Hugo de Albuquerque.
"Essa capacidade de capturar contextos e intenções ajuda o chatbot a gerar respostas mais naturais e contextualmente apropriadas, simulando uma conversa humana com mais precisão. Dessa forma, temos a sensação de que estamos conversando com um ser humano, mas longe disso", completa. Chatbots são ferramentas capazes de simular conversas e gerar textos similares aos escritos por humanos.
Essa humanização forjada tem encantado muitos usuários, que passaram a confiar intimidades e angústias a essas ferramentas e encarar a interação como uma sessão de terapia.
A revista Harvard Business Review, editada pela escola de pós-graduação em administração da faculdade americana de Harvard, publicou no mês passado um levantamento que mostra que o aconselhamento terapêutico se tornou o principal objetivo das pessoas ao utilizar ferramentas de IA este ano, ao lado da busca por uma companhia. Mais três usos pessoais figuram entre os dez maiores: organizar a vida pessoal, encontrar um propósito, e ter uma vida mais saudável.
Continuar lendo aqui
Tags: ChatGPT Inteligência Artificial IA psicologia saúde mental

RCP - Núcleo jornalismo: as indicações são dos internautas, via plataforma permanente e com aferições trimestrais. O método permite que o núcleo de jornalismo da RCP identifique, gratuitamente via banner, os destinos gastronômicos mais lembrados qualificando-os com o título RCP - Núcleo jornalismo:. Voláteis, a cada três meses as indicações poderão ser mudadas pelo público-alvo.

RCP - Núcleo jornalismo: as indicações do internauta, disponíveis na plataforma permanente e com aferições trimestrais, qualificam a iniciativa da RCP em identificar gratuitamente, via banner, as escolas da rede particular de ensino com o título Top of Mind. Voláteis, a cada três meses as indicações poderão ser mudadas pelo público-alvo.