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A forte influência de Silvio Santos em (pelo menos) dois maringaenses

Um é advogado, Doutor pela UFPR, mestre pela UEM e poeta. O outro é jornalista, autor de 6 livros.

Por Redação Maringá- Com assessoria da Unijore-
19/08/2024
Ilustrativa
Foto: Rede social

Com assessoria da Unijore- Assim que a morte de Silvio Santos foi anunciada, os espaços da mídia impressa, eletrônica ou televisiva foram totalmente modificadas. Na manhã deste sábado, um plantão comandado pela jornalista Zileide Silva entrou no ar já no É de Casa. O Jornal Hoje também foi estendido e vários plantões do Jornal Nacional em meio à exibição do Caldeirão com Mion foram registrados.

O Domingão do Huck teve edição especial ao vivo A estreia da terceira temporada da Batalha do Lip Sync foi cancelada. O Fantástico também fez uma cobertura completa das homenagens e da repercussão da morte de Silvio Santos, que a nota oficial da Globo classificou como "um dos maiores comunicadores do Brasil".Já a emissora que Silvio era dono, o  SBT, suspendeu toda sua programação de domingo para exibir uma sequência do programa “Silvio Santos” que de certa forma, minimizou a saudade dos fãs e telespectadores do apresentador e da emissora. Em uma das reapresentações foi reapresentado a entrevista que Silvio fez com Roberto Carlos, ganhador de 3 troféus imprensa.

Na rede social em Maringá, fãs de Silvio Santos postaram diversos depoimentos em homenagem ao comunicador, alguns comoventes, como os postados no grupo de WhatsApp da Academia de Letras de Maringá e narrativas pontuando momentos específicos que o apresentador influenciou a vida de pelo menos dois integrantes da União dos Profissionais das Artes, Jornalismo e Literatura. Ei-las:

INFLUÊNCIA 1-  Na década de 1960 o movimento escoteiro em S. Paulo era (e deve continuar sendo) muito forte. Entrei nesse cenário como “lobinho”, fui monitor e no final daquela década saí como “escoteiro sênior”. Minha unidade, que ainda existe, era o Grupo de Escoteiros Carijós, pertencente a Região 107 do Distrito Paulista de Escoteiros. Um dos privilégios dessa época era a gratuidade nos transportes da capital aos escoteiros fardados.

Foi aproveitando essa gratuidade que, fardado, sem autorização do comando ou da minha família, saí da Zona Leste e fui nos estúdios do SBT para participar do programa de calouros. Achava que estava pronto e afinado para interpretar “Louco por Você”, sucesso de Roberto Carlos em 1961. Entre os jurados, Pedro de Lara e Araci de Almeida que me bombaram e me trucidaram com críticas. Para complicar mais, Silvio Santos me anunciou como “representando os escoteiros do Brasil”.

Resultado: suspensão de 90 dias do meu comandante (Prof. Oto)  sem poder usar  a farda, uma surra de meu avô com cordão de ferro elétrico e o sumiço da minha namoradinha Nena (Filomena) da minha vida. Deveria ter contado esse episódio em meu último livro, mas esqueci. Somente agora, com a morte do senhor Abravanel é que a memória foi reativada. (Joel Cardoso, jornalista e autor de 6 livros)

INFLUÊNCIA 2


 Se o Silvio Santos tivesse
sido Presidente do Brasil...

*Por Anderson Alarcon, doutor pela UFPR, mestre pela UEM, Procurador-Geral da UVB, advogado
CEO FOUNDER da Barcelos Alarcon Advogados, professor, contabilista, perito, poeta e sócio da UNIJORE

O ano era 1989. Contava eu com 9 anos. Via meu pai Jair sonhando com dias melhores, depois de trabalhar por mais de 20 anos numa fabricante de cigarros. Ganhava ele 3 salários mínimos por mês. Bicos aos finais de semana. Projetos sociais no bairro que morávamos. Era treinador de futsal aos domingos de manhã dos garotos da comunidade. A Escola das Irmãs do Educandário São José, do Jardim Ipê, cedia a quadra, após ter ele servido como colaborador da missa dominical, isso quando não cantava no coral.

 

Minha mãe Ana foi a pessoa mais multifuncional que conheci. Além de desempenhar todos os papéis possíveis em casa, era uma “bombril” também fora dela. Ministrava cursos de maquiagem, costurava roupas para fora, fazia arte aos finais de semana nas casas das madames e nos salões como 'free lance'. Trabalhava como merendeira na Escola Pública Hermeto Botelho, de segunda à sexta. E em casa ainda recebia diversas clientes para sessões de depilação, maquiagem, pintura e corte de cabelo. Aprendeu o ofício com minha finada avó, quando criança. Tudo isso sem negligenciar filhos, esposo, igreja, amigos ou família.

 

Os tempos eram difíceis. Inflação. O poder de compra da moeda (cruzeiro, cruzado, cruzado novo, cada hora um nome) às 10h da manhã já não era o mesmo às 16h do mesmo dia. Minha irmã caçula, Marcela, já ministrava suas primeiras aulas particulares de violão, e também eu e meu irmão Ricardo Keize, para ajudar em casa, já trabalhávamos, meu irmão, no comércio da cidade, eu, na fabricação caseira e venda nas ruas da cidade de doces e salgados (cocada, doce de leite e pururuca), todos para ajudar nas contas básicas de casa. Estudávamos à noite. Trabalhávamos de dia. Casa alugada, modesta, mas com muita dignidade e afeto.

 

Sacrifícios feitos, economias guardadas, finalmente havíamos conseguido juntar o dinheiro suficiente para comprar uma casa simples e sair do aluguel ou para comprar o tão sonhado caminhão basculante que meu pai planejou meticulosamente a vida toda, pensando em ter mais autonomia, melhorar a renda, viajar menos e estar mais em casa, transportando areia desde o porto São José até os depósitos de materiais de construção da cidade e região. Negócio bom, na época.

 

Sonhamos com meu pai. Escolhemos o caminhão. Sonho calculado, suado, real. O dinheiro estava no banco. O caminhão ideal foi encontrado para aquisição, no interior de Mato Grosso do Sul. Negócio fechado. Mãos apertadas. Sexta-feira. Bancos fechados pela Zélia. Faltava apenas a transferência bancária na segunda, para concretizar o negócio e ir buscar o caminhão. Só que...

 

Era ano de eleição presidencial. Silvio Santos em primeiro lugar, à frente de Collor e de Lula. Por uma interferência do TSE, Silvio Santos foi impedido de se manter candidato à presidência do Brasil (estaria eleito!), por problemas no registro de seu partido político, o Partido Municipalista Brasileiro – PMB, e também por ser detentor de concessão pública de Televisão, o que segundo a Justiça Eleitoral à época, o impedia de ser candidato.

 

Foi aí que Collor eleito, teve como um de seus primeiros atos, via sua ministra da economia e fazenda, Zélia Cardoso, o fechamento dos bancos. Era o final de semana que meu pai, com todas nossas economias e sacríficos depositados no banco, havia encontrado seu tão procurado caminhão. Bancos reabertos na segunda-feira, com a novidade: os dinheiros depositados nas poupanças no Brasil foram CONFISCADOS pelo governo.

 

Ao final de alguns anos, o dinheiro guardado na poupança quando liberado, já não dava mais para comprar sequer os pneus do caminhão que transportaria seus sonhos.

 

Collor, “o caçador de marajás” foi, quem diria, 'cassado' pelo Congresso pouco depois por beneficiar... 'marajás', após a operação PC FARIAS.

 

Aquele confisco do Collor ceifou não apenas o sonho de minha família, como também trouxe consigo uma depressão paterna, dificuldades, sacrifícios pessoais e carências materiais que marcaram profundamente nossas vidas naquela quadra da história.

 

Sempre fiquei pensando como teria sido a vida do Brasil, e também da nossa família, não tivesse o TSE impedido Silvio Santos de concorrer e tivesse ele vencido a eleição para presidente do Brasil. Silvio Santos, o empreendedor visionário, que soube como ninguém o poder da auto estima, da positividade, do trabalho duro e da boa comunicação, criou, expandiu, inovou e manteve um império. Do zero. Imagina o que teria sido como Líder Maior de nossa nação.

 

Talvez minha saudosa mãe tivesse realizado o sonho de poder terminar os estudos básicos e, quem sabe, cursar arquitetura e decoração que tanto sonhava. Meu pai realizado os desejos de seu coração na boleia de um caminhão ou uma frota deles. Eu e meus irmãos nos dedicado mais aos esportes, estudos, empreendedorismo e inovação! Maior qualidade de vida? Não sei. E não estou reclamando.

Só que uma coisa é certa e inescapável: a escolha política que fazemos, pode mudar a vida de toda uma família, uma cidade, uma nação.

O Brasil estaria já bem melhor se o senhor, Senor Abravanel, tivesse sido nosso Presidente. Obrigado por tudo o que fez e o que representa para nossa nação. Que Deus te receba em sua Corte Celestial, em meio a seus Amigos, Anjos e Santos, Silvio.

 

GASTRONÔMETRO

O termo "gastronômetro" não é amplamente reconhecido ou usado de forma oficial no vocabulário comum. Entretanto, a ideia de usá-lo para selecionar os restaurantes mais lembrados foi uma decisão do conselho de redação combinando "gastronomia" com o sufixo "-metro", que, a exemplo do Impostômetro, sugere constantes atualizações nas preferências do consumidor. A exposição do banner é gratuita sem garantia do período de permanência. Para indicações, o internauta pode usar a rede social da Revista RCP ou o e-mail revistarcp@gmail.com.

Taberna Poruguesa

Rancho Caipira

Alecrim Restaurante

Ligue (44) 99994-1951

Barolo Trattoria

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