Relatório diz que traficante corrompeu cúpula do Depen/PR
De acordo com relatório do próprio governo do Estado, um ex-diretor do Depen teria recebido R$ 1 milhão em propina para ajudar traficante preso
O acusado é o ex-diretor do Departamento de Polícia Penal do Paraná, Francisco Caricati, que dirigiu o órgão de 2018 a 2022 e atualmente é diretor de Justiça do governo estadual. De acordo com o relatório produzido pelo setor de inteligência do Depen/Pr, Caricati liderou um suposto esquema de pagamento de propina, pago por um traficante diretamente à alta cúpula do Departamento de Polícia Penal, num total de R$ 1 milhão. O relatório aponta que "chegou ao conhecimento da Sessão de Inteligência da Casa de Custódia de São José dos Pinhais, em novembro de 2021, que o interno Marcos Silas teria comprado parte da alta cúpula do Depen-PR".
O suspeito de corromper os agentes públicos é Marcos Silas Neves de Souza, preso em 2021 em São Paulo, quando tentava fazer uma plástica para mudar de cara e identidade. Investigações da Polícia Federal revelaram que Marcos era um dos maiores traficantes de cocaína do Brasil e lavava o dinheiro do tráfico comprando imóveis de luxo no litoral de Santa Catarina. A PF identificou 260 apartamentos que pertenciam a ele. O relatório de inteligência afirma que o traficante foi ouvido por agentes de segurança e disse estar sendo "traído" pela gestão de segurança da unidade onde ficou preso. Segundo o documento, a insatisfação, na versão do preso, seria por que estaria tramitando um pedido de transferência para um presídio federal.
De acordo com o relatório, "o Sr Caricate" teria recebido R$ 1 milhão para alocar Marcos Silas em um bloco em que seria mais fácil a contravenção.
Francisco Alberto Caricati foi delegado e passou por diversas divisões da Polícia Civil, como Delegacia de Furtos e Roubos, Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos e Departamento de Inteligência do Estado. Procurado, ele disse que a denúncia é falsa e questionou a veracidade do relatório, produzido pela inteligência do departamento que chefiou.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP-PR) disse que tomou conhecimento da denúncia e abriu uma sindicância para apurar o caso. Segundo a pasta, a apuração seguirá os trâmites legais e tem prazo de 15 dias para ser concluída.
O Governo do Paraná afirmou que acompanha a sindicância aberta pela Sesp. Questionado sobre o caso, o Depen ainda não se manifestou. O assunto vinha sendo mantido em sigilo e acabou vindo à tona por meio de uma série de reportagens da RIC TV sobre facções criminosas, exibida no começo desse mês.
Tags: Deppen Paraná Sistema Penitenciário denúncia

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